Poço


Por favor, não lamente-se.
Mesmo que o mundo não perdoe, eu te perdoarei.
Por favor, não lamente-se.
Mesmo que você não perdoe o mundo, eu te perdoarei.
Então, por favor me conte.
O que custa a você me perdoar?

Você sabe o que é o pecado?
Não é porque você comeu o fruto proibido.
Você sabe o que é o pecado?
Não é porque você escutou a serpente.
Você ainda não sabe o que é o pecado?
Então você mesmo é o seu próprio pecado.

Eu não consigo saciar sua sede.
Porque mesmo que você deseje a verdade, você se recusa a acreditar nela.
Eu não consigo saciar sua sede.
Porque essa verdade que você deseja não existe.
Mas eu ainda quero saciar sua sede.
Porque fui eu que te coloquei no deserto.

A coisa mais intrigante para achar neste mundo.
É uma agulha que você perdeu no deserto?
A coisa mais intrigante para achar neste mundo.
É uma pena de corvo que você perdeu na escuridão da noite?
A coisa mais intrigante para achar neste mundo é,
Perceber que suas expectativas estavam erradas.

O sapo no poço estava feliz.
Ele não estava interessado no que estava fora do poço.
O sapo no poço estava feliz.
Ele estava isolado de tudo que acontecia fora do poço.
E você estava feliz.
Porque você não sabia o que aconteceu fora do poço.

Eu era o mais infeliz.
Eu sabia que não havia saída neste labirinto.
Então, ele seria o próximo infeliz.
Ele não sabia que não havia saída neste labirinto.
Mas os outros não eram tão infelizes.
Eles nem sabiam que estavam no labirinto.

Quem é o culpado, você pergunta?
Descobrindo isso é parte da história, certo?
Quem é o culpado, você pergunta?
Você por acaso sabe o quê é o culpado em primeiro lugar?
Então quem é o culpado?
Quem é o culpado que vai me matar?


A garotinha chorou quando ela perdeu suas bolinhas de gude no deserto.
Ela procurou no deserto durante 100 anos.

A garotinha chorou quando percebeu que podia ter perdido as bolinhas no oceano.
Ela procurou no fundo do mar por 100 anos.

A garotinha chorou quando percebeu que podia ter perdido as bolinhas nas montanhas.
Quanto tempo levará para que ela comece a duvidar se perdeu mesmo as bolinhas?


Na primeira vez, eu me esforço para lutar
contra a tragédia inevitável.

Na segunda vez, eu fico aborrecido
em relação a tragédia inevitável.

Na terceira vez, aborrecimento se torna dor.
Mas ná sétima vez, isso se torna uma falsa comédia.


Ela não se desanimou ou chorou pelo seu destino.
Ela era bonita.

Ela não pediu ajuda a ninguém e lutou por todos sozinha.
Ela era nobre.

Ela brilhou alegremente, como uma figura divina.
Eu precisava de alguém como ela.

Eu queria saber o que havia fora do poço.
Então eu tentei muito sair do poço.

Eu queria saber o que havia fora do poço.
Então eu tentei escalar várias vezes, mesmo caindo e caindo.

Mas então eu percebi.
Quanto mais alto eu subia, a dor aumentava quando eu caia.

Quando meu interesse sobre o mundo fora do poço ficava igual a dor que sentia quando caia,
eu entendi o significado da história do príncipe sapo.

Que tipo de mundo se encontra fora do poço?
Vale a pena se esforçar por isso?

Que tipo de mundo se encontra fora do poço?
É algo tão atrativo ao ponto de cair e tentar de novo e de novo?

Que tipo de mundo se encontra fora do poço?
Vamos sentir o sofrimento de descobrir isso.

Se eu alcançar o mundo que desejo, será um mundo espetacular.
Mesmo se esse mundo for outro abismo dentro de um poço.

A chave para o novo mundo é decidir sair do poço.
Conseguindo sair ou não,
Um novo mundo aguarda...

Todos tem o direito de ter uma vida feliz.
A parte difícil é perseguir esse direito.

Todos tem o direito de ter uma vida feliz.
A parte difícil é conquistar esse direito.

Eu também tenho o direito de possuir uma vida feliz.
A parte difícil é desenvolver um acordo por esse direito.


1 comentários:

ficou tudo mt lindo!!!! adoro seus poemas, pensamentos! adoro tudo em vc né hehehehe!!
adoro vc! veronika

 

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